Quem quer acordar?

Conversas com seu zé:
Rio de janeiro,março de 2017.

Acordar para quê?

consciência e conscientes.

O caminhar na praça é um instante para mim de entrega ao mundo presente humano.

o eu Marcos ,estou ali,sendo  eu, não um titulo,uma profissão,um status.

Apenas eu, um rapaz que gosta de conversar e falar.

A melhor parte de mim sempre me acompanha até a pracinha perto de minha casa.

Talvez seja por isso que eu receba o mérito de me encontrar com pessoas livres, que também estão sendo elas.

Um desses seres livres na praça, é o seu Zé, um ser que me conquista o respeito dia a dia.

Estávamos sentados ali na praça e seu Zé me pergunta sobre meu oficio,e quais eram meus oficios anteriores.

Depois de  ouvir meu relato de trajetória, Esse amigo sério, em tom forte,quase nervoso, tão cheio de sobriedade que suas palavras, incitavam minha alma.
Por vezes me irritava, outras me emocionava com suas verdades sinceras, que, talvez, nunca serão ditas.

SZé:Fico feliz por você ter sobrevivido ao mundo normal do cáos . 

Vejo  os irmãos por essas lentes instaladas por este mundo afora.

Posso observar comportamentos,ações e emoções desses irmãos do mundo normal,fico confuso...

...Chóro por eles,rio com eles, aprendo e me divirto com eles.

O caminho do despertar para estes irmãos é mais doloroso e sofredor.

Eles escolhem sofrer.

Vejo o pai se perdendo em insanas atividades comerciais,nessa luta visceral em busca de mais,de´´sobreviver´´,suportar a dor,o medo de perder.
Este irmão é tão perdido nesta roda viva,que não tem a oportunidade de conhecer,ver crescer  seu filho.
A historia óbvia.

Mentes manipuladas pelo desejo de ter,pela busca de ser socialmente aceito, poder,ser parte,enturmar,ser desejo,viver carências,metas,programações e atividades.
Ser uma pessoa normal.

Tudo bem confuso, e, todos, todos absolutamente entregues ao sofrer.

Irmãos,iludidos pelo ter,pela resposta rápida,pelo julgamento imediato,por toda dor que causa essa busca insaciável de poder.

Vejo com dor, esse desequilíbrio espiritual  o irmão,que, cansado, física e mentalmente,entrega se ao maior de seus inimigos,o álcool.

Como pode?!

Seu Zé, sério, olhou  dentro dos meu olhos, e me perguntou?:´´Porque ninguém faz nada para ajudar essa gente?´´

-Elas querem apenas que nada seja feito!, respondeu um amigo que ouvia a conversa.

em um tom mais intenso ele dizia:

Amigo: Esses irmãos estão presos nos cartões de créditos,limitados pelas capacidades profissionais,incapacitados de cuidar de si mesmos,viciados em desejos destrutivos, displicentes com seus corpos, instrumentos de vida.

Estes irmãos estão perdidos no sono mentiroso da babilônia selvagem,esta ´´normal´´ raça humana.

Para eles acordar seria ,para muitos,uma vergonha,eles teriam de ser eles mesmos,seus pêlos, seus íntimos eus, seus pais, seus irmãos, suas famílias.

Há esta gente que quer ficar ali,no sofrer como ferramenta de status social.

essa gente prefere perder se no desejo do álcool,uma ação que vem destruindo mais e mais irmãos de amor.
Irmãos de amor,que perderam suas coragens,que foram expulsos do sistema classificatório, sufoca suas magoas no álcool.

Eles querem apenas nada,e podem ir ao estágio máximo dessa mágoa,ao hostil mundo da negação,e destruição da moral,até que se consumam nestas ilusões, e morrem.

SZé: A unica coisa que podemos fazer por eles é dizer que há uma  forma agradável de viver,que talvez, por um instante algo na programação,deu errado pois a felicidade que  engorda,deixa fraco,entorpece e adoece,

não é felicidade, é ilusão.

Felicidade é ser sem precisar  nada mais do que  autoconfiar e  ser o que você realmente quiser,e não o que come,suas influências,suas programações.

Cada estágio social tem seus desafios,pouco se observa  neste estagio que agrada ao sistema alimenta a mão de obra e segue o fluxo.

Amigo: Eles não querem saber quem são,eles querer saber como ter como ser super.

Eles não querem respirar,não querem se controlar,só querem desejar,vivem para seus desejos .

esse povo tá louco.

SZé: Entendo esses irmãos, entendo que  como o tons das cores são os níveis de compreensão deste irmãos. 

Existem os que estão ali hipnotizados buscando saída... 

E a conversa foi denro de umas duas horas de  instruções de amor e respeito.

Aprendi que todos temos os mesmo níveis de problemas, em suas escalas e capacidades.

A dor sempre será a dor, haverão preguiçosos em todos os estágios, haverão os que só desfrutam de seus poderes,evoluem e fazem evoluir.

Grupos mais fortes, eles podem auxiliar aos seus semelhantes frágeis ,com sua ideias e exemplos, ensinado postilando a sabedoria que puder ser assim partilhada.

As músicas,os pensadores, os formadores de opinião.

Todas as classes tem seus irmãos de amor e irmãos de desejo.

Aprender com eles, respeitar seus valores sem denegrir estágios baixos,nem adorar os evoluídos.
Esta é uma tarefa de amor e respeito com cada individuo,a sua liberdade ilusória,perdida no simples,básico e agradável.
Auxiliar no despertar dos irmãos que  buscam apoio é e sempre será o caminho deste acordar para o novo,sempre.

Podemos auxiliar amando simplesmente amando e respeitando os estágios de cada um.

Quem busca o despertar ente o momento de acordar,vence seus estagios e se une com semelhantes. 


Gosto destes momentos de reflexão  na pracinha .....

Sinto Muito

 Rio de Janeiro 26-03-2017

Antes do Perdão.

Expressando a dor.

É um daqueles dias em  escolhi viver a contemplação,   observar o mundo,olhas as pessoas, estudar comportamentos,absolutamente viver a vida sem  preocupações, um dia de descanso, reflexão.

Sem precisar  fazer do jeito que  o outro quer que seja feito.

Cumprir as regras sociais de ,vesti uma roupa adequada ao ambiente,andar normalmente,ser mais um na multidão.

Aquele dia em que apenas viver e observar é o objetivo.

E não percebe que  só por você ser você, alguém pode estar se chateando por você estar tão profundamente desligado  dos problemas da vida.

É como se sem perceber vc estivesse um espinho  no bolso da calça espetando alguém.

Este alguem lhe ofende bruscamente espetando lhe um punhal no peito em retaliação ao espinho.

A dor do punhal é de ver que  a pessoa está consciente e com raiva de voce, por voce ter  feito algo sem perceber que estava fazendo.

E depois vem uma dor maior de voce ter se permitido a viver o mundo  e se deixado levar  pela vida sem preocupações e acabou  espetando alguem  com os espinhos que carrega  por voce ser voce mesmo.

As vezes somos os  que apunhalam os irmãos  ignorantes que nos espetam.

Por vezes a crueldade  esta em nosso poder de execução, e descarregamos no ignorante toda a raiva que não podemos  jogar  nos  conscientes de que nos magoa,

Perdoar e perdoar se,